Fraternidade
Jesus Salvador: Sob Único e Grande Carisma
Abaixo colocamos
como nosso Pai-Fundador, Pe Gilberto Maria Defina, sjs, entendia o carisma da
Obra Fraternidade Jesus Salvador.
Objetivo da Obra –
“Seu objetivo principal primário é o Louvor de Deus, sob todas as suas formas,
a litúrgica, em primeiro lugar; e secundário, - como consequência desse louvor
-, a santificação pessoal e comunitária, através da consagração ao Espírito
Santo, Deus-Amor”[1]
“- Sob único e grande
Carisma: o do Louvor de Deus. É
um carisma fundamental: por força de nosso batismo sacramental, que destruiu em
nós a mancha do pecado original e nos tornou filhos e filhas de Deus, é que
sobrevém, através da Ressurreição do Senhor, a sua promessa: ‘Sereis batizados
no Espírito Santo’ (At 1, 4-5).
- A prática deste
Louvor de Deus se traduz pelos consagrados irmãos e irmãs salvistas, ‘perseverando
na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas
orações’ (At 2, 42); na fraternidade e na partilha, santificação pessoal e
comunitária; no apostolado dos carismas da Renovação Carismática, através da
Ordem da fraternidade.
- O que nos leva a este
constante louvor divino é a procura do ‘Único Necessário’ em nossa vida; é
estar com Deus, pois nele mergulhados, ‘vivemos, respiramos e existimos’, pois,
‘tudo Ele criou para a sua glória’. Nestes tempos, que são os nossos tempos,
àqueles que entendem os sinais dos tempos que Ele mesmo nos quer mostrar,
reserva-nos maravilhas para o nosso espírito. Ao lado de um mundo que se
dessacraliza, anticristão, vivendo toda a impiedade da idolatria, em que se
blasfema o Nome santo do Senhor, em que ‘se levantam os reis da terra e os príncipes
se reúnem em conselho contra o Senhor e contra o seu Cristo’ (Sl 2, 1s), o
clarão do seu Espírito Santo vem ‘renovar a face da terra’. Então, poderemos
exclamar: ‘E nós vimos a sua glória, a glória que um Filho único recebe de seu
Pai, cheio de graça e de verdade. Todos nós recebemos de sua plenitude, graça
sobre graça’. (Jo 1, 14-16).
- Sob este único e grande
carisma do Louvor de Deus, cláusula pétrea desta Ordem, agrupam-se como dons
necessários outros carismas. E um dos que mais nos importamos é guardar com
toda a fidelidade o ‘Depósito da Fé’, que os Apóstolos e seus sucessores nos
transmitiram, a Tradição os conserva e o Magistério da Igreja nos dá a
conhecer, crer e amar.
- Guardar o Depósito da
Fé, significa em primeiro lugar; a adesão incondicional ao magistério do Sumo
pontífice, o Papa, mesmo através de seus ensinamentos comuns e normais. Reter a
a sua palavra e defendê-la. Pois, é-nos preferível, se fosse o caso, errar com
o Papa, do que acertar com a multidão. A multidão não tem nome, mas a Santa Igreja
tem um rosto, o de Cristo Senhor. Não devemos ceder o mínimo de terreno a tal
respeito, por mais que os tempos sejam maus e muitas sibilas nos sussurrem aos
ouvidos: esses tempos já estão ultrapassados, os ventos são novos, este mundo
não tem volta, esqueçam a cristandade...
- Pelo que, aos que
nesta Ordem do Senhor Jesus Salvador emitirem votos, mesmo se temporários, por
dever de regra de vida, além dos votos de castidade, pobreza e obediência,
deverão emitir um quarto voto em especial: o de obediência formal, efetiva e
afetiva, ao Santo Padre, o Papa, às suas palavras e escritos, e como se
afirmou, mesmo em se tratando de seu magistério normal e comum. Aliás, o
terceiro voto, o da obediência, em si já encerra tal conteúdo.
- Deve servir como
corolário decorrente a este quarto voto, a obediência às normas e instruções
emanadas das Congregações da Cúria Roma ou Dicastérios, como a um Senado do
Romano Pontífice, que auxilia o Papa no governo de toda a Santa Igreja. Não se
façam, nem se ouçam comentários dissonantes das orientações da Santa Sé. Se o
nosso entendimento não alcança suas determinações, alcance-as nossa fé, obediência
e humildade. ‘Vigiai! Sede firmes na fé! Sede homens! Sede fortes! Tudo o que
fazeis, fazei-o na caridade’ (1 Cor 16, 13).
- O Depósito da Fé
abrange de modo igual: as Sagradas Escrituras, a Santa Tradição e o Santo
Magistério da Igreja Católica. A obediência ao magistério papal é, em resumo,
expressão e síntese de quanto a nossa Igreja Santa, Católica e Apostólica crê e
ensina em razões relativas à Bíblia, como Palavra de Deus; à Tradição, como
verdades independentes do tempo e do espaço eclesial; e em tudo quanto se
retira a questões de Doutrina e de Moral.
- Assim sendo, todas as
instituições desta Fraternidade devem aplicar-se assiduamente à leitura,
ensino, estudo e prática dos documentos e ditames das Congregações da Cúria
Romana; às suas interpretações bíblicas; e principalmente, às Encíclicas papais
e em tudo quanto o Santo Padre empenhe seu específico magistério.
- Devem aplicar-se à
leitura e estudo da Patrística e da Patrologia e aos Santos Doutores e Doutoras
da Igreja, desde os inícios da Tradição cristã.
- Conhecimento adequado
das últimas Encíclicas e de importantes documentos dos Papas deste século XX,
de modo especial, as cristológicas, pneumatológicas, marianas e de sua doutrina
social, a partir da Rerum Novarum, do Papa Leão XIII.
- Exige-se, de modo
fundamental, o ensino, o estudo e a prática de quanto é ensinado pelo Catecismo
da Igreja Católica, da conseqüente Encíclica Veritaris Splendor, e da carta
apostólica Ordinatio Sacerdotalis.
- Devem ser conhecidos
suficientemente os documentos e as instruções dos diversos Dicastérios da Cúria
Romana relativos à Vida Consagrada (Institutos Religiosos e Seculares), às
Sociedades de Vida Apostólica, e entre outros: Pastores Dabo Vobis, Ministério
e Vida do Presbítero, Sabedoria Cristã, (acerca do Ensino nas Faculdades
eclesiásticas), a Liturgia nos Seminários, Christifideles Laici, Domninum et
Vivificantem, (sobre o Espírito Santo na Vida da Igreja e no Mundo), Optatam
Totium, Marialis Cultus, Redemptoris Mater, etc.
- O que está acima
exposto (5 itens anteriores), vale como norma obrigatória desta Regras de Vida.
Praticados fossem tais ensinamentos da Santa Igreja, julgo não se precisaria,
praticamente, escrever uma regra de vida. Bastaria transcrevê-los, simplesmente”.[2]
[1]
Pe. Gilberto Maria DEFINA. Ordem da
Fraternidade Senhor Javé Salvador: Constituições, Regras de Vida e
Ordenações de Estudos. São Paulo, 1995, p. 3.
[2] Pe.
Gilberto Maria DEFINA. Ordem da
Fraternidade Senhor Javé Salvador: Constituições, Regras de Vida e
Ordenações de Estudos. São Paulo, 1995, p. 37-39.
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