domingo, 18 de agosto de 2013

Sob Único e Grande Carisma

Fraternidade Jesus Salvador: Sob Único e Grande Carisma

            Abaixo colocamos como nosso Pai-Fundador, Pe Gilberto Maria Defina, sjs, entendia o carisma da Obra Fraternidade Jesus Salvador.
             

Objetivo da Obra – “Seu objetivo principal primário é o Louvor de Deus, sob todas as suas formas, a litúrgica, em primeiro lugar; e secundário, - como consequência desse louvor -, a santificação pessoal e comunitária, através da consagração ao Espírito Santo, Deus-Amor”[1]

“- Sob único e grande Carisma: o do Louvor de Deus.  É um carisma fundamental: por força de nosso batismo sacramental, que destruiu em nós a mancha do pecado original e nos tornou filhos e filhas de Deus, é que sobrevém, através da Ressurreição do Senhor, a sua promessa: ‘Sereis batizados no Espírito Santo’ (At 1, 4-5).

- A prática deste Louvor de Deus se traduz pelos consagrados irmãos e irmãs salvistas, ‘perseverando na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações’ (At 2, 42); na fraternidade e na partilha, santificação pessoal e comunitária; no apostolado dos carismas da Renovação Carismática, através da Ordem da fraternidade.

- O que nos leva a este constante louvor divino é a procura do ‘Único Necessário’ em nossa vida; é estar com Deus, pois nele mergulhados, ‘vivemos, respiramos e existimos’, pois, ‘tudo Ele criou para a sua glória’. Nestes tempos, que são os nossos tempos, àqueles que entendem os sinais dos tempos que Ele mesmo nos quer mostrar, reserva-nos maravilhas para o nosso espírito. Ao lado de um mundo que se dessacraliza, anticristão, vivendo toda a impiedade da idolatria, em que se blasfema o Nome santo do Senhor, em que ‘se levantam os reis da terra e os príncipes se reúnem em conselho contra o Senhor e contra o seu Cristo’ (Sl 2, 1s), o clarão do seu Espírito Santo vem ‘renovar a face da terra’. Então, poderemos exclamar: ‘E nós vimos a sua glória, a glória que um Filho único recebe de seu Pai, cheio de graça e de verdade. Todos nós recebemos de sua plenitude, graça sobre graça’. (Jo 1, 14-16).

- Sob este único e grande carisma do Louvor de Deus, cláusula pétrea desta Ordem, agrupam-se como dons necessários outros carismas. E um dos que mais nos importamos é guardar com toda a fidelidade o ‘Depósito da Fé’, que os Apóstolos e seus sucessores nos transmitiram, a Tradição os conserva e o Magistério da Igreja nos dá a conhecer, crer e amar.

- Guardar o Depósito da Fé, significa em primeiro lugar; a adesão incondicional ao magistério do Sumo pontífice, o Papa, mesmo através de seus ensinamentos comuns e normais. Reter a a sua palavra e defendê-la. Pois, é-nos preferível, se fosse o caso, errar com o Papa, do que acertar com a multidão. A multidão não tem nome, mas a Santa Igreja tem um rosto, o de Cristo Senhor. Não devemos ceder o mínimo de terreno a tal respeito, por mais que os tempos sejam maus e muitas sibilas nos sussurrem aos ouvidos: esses tempos já estão ultrapassados, os ventos são novos, este mundo não tem volta, esqueçam a cristandade...

- Pelo que, aos que nesta Ordem do Senhor Jesus Salvador emitirem votos, mesmo se temporários, por dever de regra de vida, além dos votos de castidade, pobreza e obediência, deverão emitir um quarto voto em especial: o de obediência formal, efetiva e afetiva, ao Santo Padre, o Papa, às suas palavras e escritos, e como se afirmou, mesmo em se tratando de seu magistério normal e comum. Aliás, o terceiro voto, o da obediência, em si já encerra tal conteúdo.

- Deve servir como corolário decorrente a este quarto voto, a obediência às normas e instruções emanadas das Congregações da Cúria Roma ou Dicastérios, como a um Senado do Romano Pontífice, que auxilia o Papa no governo de toda a Santa Igreja. Não se façam, nem se ouçam comentários dissonantes das orientações da Santa Sé. Se o nosso entendimento não alcança suas determinações, alcance-as nossa fé, obediência e humildade. ‘Vigiai! Sede firmes na fé! Sede homens! Sede fortes! Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade’ (1 Cor 16, 13).

- O Depósito da Fé abrange de modo igual: as Sagradas Escrituras, a Santa Tradição e o Santo Magistério da Igreja Católica. A obediência ao magistério papal é, em resumo, expressão e síntese de quanto a nossa Igreja Santa, Católica e Apostólica crê e ensina em razões relativas à Bíblia, como Palavra de Deus; à Tradição, como verdades independentes do tempo e do espaço eclesial; e em tudo quanto se retira a questões de Doutrina e de Moral.

- Assim sendo, todas as instituições desta Fraternidade devem aplicar-se assiduamente à leitura, ensino, estudo e prática dos documentos e ditames das Congregações da Cúria Romana; às suas interpretações bíblicas; e principalmente, às Encíclicas papais e em tudo quanto o Santo Padre empenhe seu específico magistério.

- Devem aplicar-se à leitura e estudo da Patrística e da Patrologia e aos Santos Doutores e Doutoras da Igreja, desde os inícios da Tradição cristã.

- Conhecimento adequado das últimas Encíclicas e de importantes documentos dos Papas deste século XX, de modo especial, as cristológicas, pneumatológicas, marianas e de sua doutrina social, a partir da Rerum Novarum, do Papa Leão XIII.

- Exige-se, de modo fundamental, o ensino, o estudo e a prática de quanto é ensinado pelo Catecismo da Igreja Católica, da conseqüente Encíclica Veritaris Splendor, e da carta apostólica Ordinatio Sacerdotalis.

- Devem ser conhecidos suficientemente os documentos e as instruções dos diversos Dicastérios da Cúria Romana relativos à Vida Consagrada (Institutos Religiosos e Seculares), às Sociedades de Vida Apostólica, e entre outros: Pastores Dabo Vobis, Ministério e Vida do Presbítero, Sabedoria Cristã, (acerca do Ensino nas Faculdades eclesiásticas), a Liturgia nos Seminários, Christifideles Laici, Domninum et Vivificantem, (sobre o Espírito Santo na Vida da Igreja e no Mundo), Optatam Totium, Marialis Cultus, Redemptoris Mater, etc.

- O que está acima exposto (5 itens anteriores), vale como norma obrigatória desta Regras de Vida. Praticados fossem tais ensinamentos da Santa Igreja, julgo não se precisaria, praticamente, escrever uma regra de vida. Bastaria transcrevê-los, simplesmente”.[2]






[1] Pe. Gilberto Maria DEFINA. Ordem da Fraternidade Senhor Javé Salvador: Constituições, Regras de Vida e Ordenações de Estudos. São Paulo, 1995, p. 3.
[2] Pe. Gilberto Maria DEFINA. Ordem da Fraternidade Senhor Javé Salvador: Constituições, Regras de Vida e Ordenações de Estudos. São Paulo, 1995, p. 37-39.

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