sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sobre o Louvor de Deus - Pe Gilberto

Fraternidade Jesus Salvador: Louvor de Deus

            Abaixo colocamos como nosso Pai-Fundador, Pe Gilberto Maria Defina, sjs, entendia o carisma da Obra Fraternidade Jesus Salvador.
             

Objetivo da Obra – “Seu objetivo principal primário é o Louvor de Deus, sob todas as suas formas, a litúrgica, em primeiro lugar; e secundário, - como consequência desse louvor -, a santificação pessoal e comunitária, através da consagração ao Espírito Santo, Deus-Amor”[1]

“1. Objetivo principal primário: Louvor de Deus.
O objetivo de uma ação ou de uma pessoa, no caso, de uma pessoa jurídica como é a Fraternidade, pode ser o mesmo que sua finalidade. Aqui, porém, há razão para distingui-los. Pode servir também de meio, tal objetivo desta Obra. Mas também aqui se quer separá-la da finalidade e do meio. A distinção procede da razão essencial da Fraternidade e da Obra do Senhor Jesus: o Louvor de Deus.
- Finalidades, meios e modos empregados em todos os atos e movimento da Fraternidade se resumem como que, essencialmente, no Louvor de Deus.
- Portanto, o objetivo primário é o Louvor de Deus. Seria preciso aos carismáticos, aos irmãos e irmãs salvistas, apor razões e justificativas? Não há sequer um que siga os caminhos da RCC que se lhe precise explicar a essencialidade da mesma Renovação: tudo reside na glória de Deus e para a sua glória Ele tudo criou. No louvor a Deus está implícita toda a Adoração, o Agradecimento e amor que Lhe são devidos como Divindade Uma e Trina. E por meio deste louvor é que nos advêm, pelo seu Espírito, todo o bem e salvação e cura, toda a Graça.

2. O Objetivo secundário: a santificação pessoal e da comunidade.
- ele nos vem, este objetivo secundário, precisamente, através do objetivo primário: do louvor a Deus nos vem a santificação pessoal e a santificação de toda a comunidade na qual se vive e se trabalha.
- O louvor a Deus necessariamente santifica a quem O louva: é um corolário teológico. E quanto maior e mais constante a louvação que alguém Lhe tribute, maiores serão as graças e favores derramados; maior e mais sublime e mais elevada é a santificação dessa pessoa e dessa comunidade.
- Esta santificação procede da nossa consagração à Pessoa Divina do Espírito Santo. Ele opera hoje Ana Santa Igreja, a partir, de modo formal e distinto, do dia do advento de Pentecostes.
- Os renovados pela ação do batismo no Espírito Santo dão-lhe toda adoração, e Dele recebem tudo o que agora são.
- A transformação em nossas vidas, que o Pai e o Filho operam em nós, é-nos dada através do Espírito Santo. E podemos dizer com toda a fé e com toda a segurança teológica que agora, desde o nosso batismo sacramental quando crianças, tudo quanto recebemos do mesmo Pai e do mesmo Filho, só nos advém das operações de seu Espírito santo. Tudo quanto pedimos ao Pai Eterno e a seu Filho Eterno, Jesus Cristo, passa-nos só através do Espírito Santo. A ‘descoberta’ que os da Renovação fizeram, foi justamente colocar em evidência, para toda a Igreja, essa verdade, que estava um tanto esquecida entre os cristãos de ontem e ainda o é de hoje, para muitos;
- Por conseguinte, a Fraternidade Jesus Salvador é a Ele, Espírito Santo, totalmente consagrada. É padroeiro e patrono desta fraternidade. E será cultuado de maneira singular em três ocasiões  do calendário litúrgico: Anunciação do Senhor, Batismo do senhor e Pentecostes. Na Anunciação do Senhor, é Ele que nos gera Jesus  no seio imaculado de Maria; no Batismo do Senhor, é Ele que ‘santifica’ Jesus e O envia a evangelizar o Reino; em Pentecostes, é Ele mesmo que vem a nós como o Enviado (=Apóstolo) de Jesus; vem para santificar a sua Igreja, para preparar a ‘Noiva (= nós) do Cordeiro’, através dos séculos, até à Parusia. O Espírito Santo liga e une e acompanha, passo a passo, toda a existência de Jesus sobre a Terra: desde  a sua geração, passando pela sua vida, através do batismo, e concluindo-a até a Ascensão. Por isso é que ‘Jesus exultou de alegria no Espírito Santo’ (Lc 10, 21), e será sempre, em sua vida, ‘conduzido pelo Espírito’ (Mt 4, 1), até que por esse ‘Espírito que dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus, nos faça clamar: Abbá = Papai’ (Rm 8, 15-16), e que ‘intercede por nós com gemidos inefáveis. É Aquele que prescruta os corações, sobre o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos (= cristãos), segundo Deus’ (Rm 8, 26-27).

O Esplendor Litúrgico

- Observe-se o que vai assinalado no objetivo primário: que este Louvor de deus seja dado, principalmente, através de formas litúrgicas da Sagrada Liturgia da Santa Igreja Católica. Haverá lugar adiante, que disso se trate mais longamente. Desde já, porém, deve dizer-se que a Fraternidade empregará e usará de todo o esplendor litúrgico para tal louvor a Deus, no uso apropriado das vestes, objetos, cantos, no desenvolvimento harmonioso do rito e das rubricas, no uso mesmo do Latim e do Canto Gregoriano, quando isto for útil e apropriado para tal louvor a Deus e para edificação dos fiéis”.[2]




[1] Pe. Gilberto Maria DEFINA. Ordem da Fraternidade Senhor Javé Salvador: Constituições, Regras de Vida e Ordenações de Estudos. São Paulo, 1995, p. 3.
[2] Pe. Gilberto Maria DEFINA. Ordem da Fraternidade Senhor Javé Salvador: Constituições, Regras de Vida e Ordenações de Estudos. São Paulo, 1995, p. 16-18.

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