quinta-feira, 13 de maio de 2021

ESQUEMA: IDENTIDADE DO SACERDOTE MINISTERIAL SALVISTA E SUA ESPIRITUALIDADE

 

ESQUEMA: IDENTIDADE DO SACERDOTE MINISTERIAL SALVISTA E SUA ESPIRITUALIDADE

 

 

SESSÃO INAUGURAL DOS TRABALHOS DA V CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE - DISCURSO DO PAPA BENTO XVI 
Os sacerdotes 
- Se o sacerdote fizer de Deus o fundamento e o centro de sua vida, então experimentará a alegria e a fecundidade da sua vocação.

- O sacerdote deve ser antes de tudo um "homem de Deus" (1 Tm 6, 11);

- um homem que conhece a Deus "em primeira mão", que cultiva uma profunda amizade pessoal com Jesus, que compartilha os "sentimentos de Jesus" (cf. Fl 2, 5). 

- Somente assim o sacerdote será capaz de levar Deus o Deus encarnado em Jesus Cristo aos homens, e de ser representante do seu amor.

- Para cumprir a sua altíssima missão deve possuir uma sólida estrutura espiritual e viver toda a existência animado pela fé, a esperança e a caridade.

- Tem de ser, como Jesus, um homem que procure, através da oração, o rosto e a vontade de Deus, cultivando igualmente sua preparação cultural e intelectual. 

 

 

 

 

1. A Natureza do Presbiterato (PO 2)

- O Senhor Jesus, tornou participante todo o seu Corpo místico da unção do Espírito com que Ele mesmo tinha sido ungido (2): n'Ele, com efeito, todos os fiéis se tornam sacerdócio santo e real, oferecem vítimas a Deus por meio de Jesus Cristo, e anunciam as virtudes d'Aquele que os chamou das trevas para a sua luz admirável(3).

 

- dentre os fiéis, alguns como ministros que, na sociedade dos crentes, possuíssem o sagrado poder da Ordem para oferecer o Sacrifício, perdoar os pecados (6) e exercer oficialmente o ofício sacerdotal em nome de Cristo a favor dos homens.

 

- constituídos na Ordem do presbiterado, fossem cooperadores (10) da Ordem do episcopado para o desempenho perfeito da missão apostólica confiada por Cristo.

- Participando, a seu modo, do múnus dos apóstolos, os presbíteros recebem de Deus a graça de serem ministros de Jesus Cristo no meio dos povos, desempenhando o sagrado ministério do Evangelho, para que seja aceita a oblação dos mesmos povos, santificada no Espírito Santo

- (Rom. 12, l). Mas é pelo ministério dos presbíteros que o sacrifício espiritual dos fiéis se consuma em união com o sacrifício de Cristo, mediador único, que é oferecido na Eucaristia

- o fim que os presbíteros pretendem atingir com o seu ministério e com a sua vida é a glória de Deus Pai em Cristo. Esta glória consiste em que os homens aceitem consciente, livre e gratamente a obra de Deus perfeitamente realizada em Cristo, e a manifestem em toda a sua vida. Os presbíteros, portanto, quer se entreguem à oração e à adoração quer preguem a palavra de Deus, quer ofereçam o sacrifício eucarístico e administrem os demais sacramentos, quer exerçam outros ministérios favor dos homens, concorrem não só para aumentar a glória de Deus mas também para promover a vida divina nos homens. Tudo isto, enquanto dimana da Páscoa de Cristo, será consumado no advento glorioso do mesmo Senhor, quando Ele entregar o reino nas mãos do Pai.

Passagem Bíblica - Rm 12, 1-2

Almeida Revista e Atualizada

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

uma conduta cristã tem sentido cultual, valor de sacrifício que Deus aceita. Jo 4, 23:

Almeida Revista e Atualizada

 

23 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.

 

- membros de Cristo. O corpo é para o Senhor e o Senhor é para o corpo (1 Cor 6, 13). E templo do Espírito Santo (1 Cor 6, 19-20)

- um culto feito conforme à natureza de Deus e do homem, marca a diferença o culto formal e externior e o culto verdadeiro que engaja o homem inteiro. Os 6, 6:

 

Almeida Revista e Atualizada

 

 

6 Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

 

 

 

 

2. Os presbíteros, ministros da palavra de Deus (PO 4)

- O Povo de Deus é reunido antes de mais pela palavra de Deus vivo (1), que é justíssimo esperar receber da boca dos sacerdotes.

- como cooperadores dos Bispos, têm, como primeiro dever, anunciar a todos o Evangelho de Deus (4), para que, realizando o mandato do Senhor: «Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a todas as, criaturas» (Mc. 16,15)

- os presbíteros são devedores de todos, para comunicarem a todos a verdade do Evangelho (6), de que gozam no Senhor.

- por uma convivência edificante entre os povos, os levam a glorificar a Deus – pregação, homilia, formação, instruções, conselhos etc.

-

Passagem Bíblica - 1 Cor 9, 14-27

6Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho! 17Se eu o

fizesse por iniciativa própria, teria direito a um salário; mas, já que o faço por imposição, desempenho um encargo que me foi confiado. 18Qual é então o meu salário? É que, pregando o evangelho, eu o prego gratuitamente, sem usar dos direitos que a pregação do evangelho me confere. 19Ainda que livre em relação a todos, fiz-me o servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.(...) 27Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado.

3. Os presbíteros, ministros dos sacramentos (PO 5)

- Deus, que é o único santo e santificação, quis unir a si, como companheiros e colaboradores, homens que servissem humildemente a obra da santificação.

- os presbíteros são consagrados por Deus, por meio do ministério dos Bispos, para que, feitos de modo.especial participantes do sacerdócio de Cristo, sejam na celebração sagrada ministros d'Aquele que na Liturgia exerce perenemente o seu ofício sacerdotal a nosso favor

- Eucaristia - assim são eles convidados e levados a oferecer, juntamente com Ele, a si mesmos, os seus trabalhos e todas as coisas criadas.

- o banquete eucarístico é o centro da assembleia dos fiéis a que o presbítero preside. Por isso, os presbíteros ensinam os fiéis a oferecer a Deus Pai a vítima divina no sacrifício da missa, e a fazer, com ela, a oblação da vida

- Os próprios presbíteros, ao recitar o ofício divino, distribuem pelas horas do dia os louvores e acções de graças que elevam na celebração da Eucaristia; é com o ofício divino que eles, em nome da Igreja, rezam a Deus por todo o povo que lhes fora confiado; mais ainda, por todo o mundo.

- Procurem os presbíteros cultivar rectamente a ciência e a arte litúrgica, para que, pelo seu ministério litúrgico, Deus, Pai e Filho e Espírito Santo, seja louvado cada vez mais perfeitamente pelas comunidades a eles confiadas.

 

Passagem Bíblica - Hb 1, 1-

Passagem Bíblica - Hb 1, 1-4

 

 

 

Almeida Revista e Atualizada

IA

1  Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,

 

 

B

 

C

2  nestes últimos dias, nos falou pelo Filho,

a quem constituiu herdeiro de todas as coisas,

pelo qual também fez o universo.

II

A

 

 

 

B

 

 

3  Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,

depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,

C

4  tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.

 

4. Os presbíteros e o ministério pastoral (PO 6)

- Exercendo, com a autoridade que lhes toca, o múnus de Cristo cabeça e pastor, os  presbíteros reunem, em nome do Bispo, a família de Deus, como fraternidade bem unida, e por Cristo, no Espírito, levam-na a Deus Pai.

- Na edificação da Igreja, porém, os presbíteros devem tratar com todos com grande humanidade, a exemplo do Senhor. Nem devem proceder para com eles segundo o agrado dos homens (22), mas segundo as exigências da doutrina e da vida cristãs, ensinando-os e admoestando-os como filhos caríssimos

- cabe aos sacerdotes, como educadores da fé, cuidar por si ou por outros que cada fiel seja levado, no Espírito Santo, a cultivar a própria vocação segundo o Evangelho, a uma caridade sincera e operosa, e à liberdade com que Cristo nos libertou

- Sejam ensinados também os cristãos a não viverem só para si, mas, segundo as exigências da nova lei da caridade, cada um, assim como recebeu a graça, a administre mùtuamente (27), e assim todos cumpram cristãmente os seus deveres na comunidade humana.

- A comunidade local, porém, não deve fomentar só o cuidado pelos seus fiéis mas também, imbuída de zelo missionário, deve preparar a todos o caminho para Cristo.

- Na estruturação da comunidade cristã, os presbíteros nunca servem alguma ideologia ou facção humana, mas, como anunciadores do Evangelho e pastores da Igreja, trabalham pelo aumento espiritual do corpo de Cristo.

Passagem Bíblica - Mateus 25, 31-46

40 O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

 

5. Relações entre os Bispos e os presbíteros (PO 7)

- Todos os presbíteros participam de tal maneira com os Bispos no mesmo e único sacerdócio e ministério de Cristo que a unidade de consagração e missão requer a sua comunhão hierárquica com a Ordem episcopal.

- os Bispos, pelo dom do Espírito Santo dado aos presbíteros na sagrada ordenação, têm-nos como necessários cooperadores e conselheiros no ministério e múnus de ensinar, santificar e apascentar o Povo de Deus.

- Por causa desta comunhão no mesmo sacerdócio e ministério, os Bispos devem estimar os presbíteros (38), como irmãos e amigos, e ter a peito o bem deles, quer o material, quer sobretudo o espiritual.

- Os presbíteros, porém, tendo presente a plenitude do sacramento da Ordem recebido pelos Bispos, reverenciem neles a autoridade de Cristo pastor supremo. Adiram ao seu Bispo com caridade e obediência sinceras

- A união dos presbíteros com os seus Bispos é tanto mais necessária em nossos dias, quanto, por diversas razões, os empreendimentos apostólicos não só revestem múltiplas formas, mas também ultrapassam necessàriamente os limites da paróquia ou diocese

 

Passagem Bíblica - Filipenses 2, 1-17

8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.     8 ἐταπείνωσεν ἑαυτὸν γενόμενος ὑπήκοος μέχρι θανάτου, θανάτου δὲ σταυροῦ.

ὑπήκοος (upo – sob – eiko – dobrar-se, ser dócil)

12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;

12 Ὥστε, ἀγαπητοί μου, καθὼς πάντοτε ὑπηκούσατε, μὴ ὡς ἐν τῇ παρουσίᾳ μου μόνον ἀλλὰ νῦν πολλῷ μᾶλλον ἐν τῇ ἀπουσίᾳ μου, μετὰ φόβου καὶ τρόμου τὴν ἑαυτῶν σωτηρίαν κατεργάζεσθε·

ὑπηκούσατε, (upo sob – akouw – ouvir)

 

 

6- União e cooperação fraterna entre os presbíteros(PO 8)

- Os presbíteros, elevados ao presbiterado pela ordenação, estão unidos entre si numa íntima fraternidade sacramental.

- na diocese a cujo serviço, sob o Bispo respectivo, estão consagrados, formam um só presbitério

- Unidade na diversidade. Todos são enviados para cooperarem na obra comum, quer exerçam o ministério paroquial ou supra-paroquial, quer se dediquem à investigação científica ou ao ensino, quer se ocupem em trabalhos manuais compartilhando a sorte dos operários, onde isso pareça conveniente e a competente autoridade o aprove, quer realizem qualquer outra obra apostólica ou orientada ao apostolado.

- Cada membro do colégio presbiterial está unido aos outros por laços especiais de caridade apostólica, de ministério e de fraternidade.

- os jovens reverenciem a idade e experiência dos mais velhos

- ), cultivem a beneficência e comunhão de bens (48), tendo particular solicitude com os doentes, os atribulados, os que estão sobrecarregados de trabalho, os que vivem sós, os que vivem longe da Pátria, bem como com os que sofrem perseguição (49). Reunam-se também espontâneamente e com alegria, para descanso do espírito

- sintam-se os presbíteros especialmente obrigados para com os que se vêem em dificuldades;

-

Passagem Bíblica - Jo 21, 15-19

15Depois de comerem, Jesus disse a Simão Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes"?

Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta os meus cordeiros".

 

7. Relações dos presbíteros com os leigos (PO 9)....19

- Embora os sacerdotes do Novo Testamento, em virtude do sacramento da Ordem, exerçam no Povo e para o Povo de Deus o múnus de pais e mestres, contudo, juntamente com os fiéis, são discípulos do Senhor, feitos participantes do. seu reino pela graça de Deus que nos chama (50), Regenerados com todos na fonte do Baptismo, os presbíteros são irmãos entre os irmãos (51), membros dum só e mesmo corpo de Cristo cuja edificação a todos pertence (52).

- perscrutem com o sentido da fé, reconheçam com alegria e promovam com diligência os multiformes carismas dos leigos, tanto os mais modestos como os mais altos

- Os fiéis, por sua vez, tomem consciência de que devem estar obrigados aos seus presbíteros; por isso, dediquem-lhes filial amor como a pais e pastores seus.

 

Passagem Bíblica - Gálatas 3, 26-28

26  Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;

27  porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.

28  Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.






 

 

A LIBERDADE E LOUVOR DE DEUS COMO FIM ÚLTIMO DO HOMEM

    INSTITUTO SUPERIOR DE FILOSOFIA E TEOLOGIA SÃO BOAVENTURA     DANIEL RIBEIRO DE ARAÚJO                   ...