quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lc 10, 21-22 Jesus louva

Lucas 10:21-22

21 Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
22
Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
RA

21 Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.
22
Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
RC95

21 In quella stessa ora, Gesù giubilò in ispirito, e disse: Io ti rendo onore, e lode, o Padre, Signor del cielo e della terra, che tu hai nascoste queste cose ai savi, ed intendenti, e le hai rivelate ai piccoli fanciulli; sì certo, o Padre, perciocchè così ti è piaciuto.
22
Ogni cosa mi è stata data in mano dal Padre mio; e niuno conosce chi è il Figliuolo, se non il Padre; nè chi è il Padre, se non il Figliuolo; e colui a cui il Figliuolo avrà voluto rivelarlo.
Diodati 1649

21 En ce moment même, Jésus tressaillit de joie par le Saint-Esprit, et il dit : Je te loue, Père, Seigneur du ciel et de la terre, de ce que tu as caché ces choses aux sages et aux intelligents, et de ce que tu les as révélées aux enfants. Oui, Père, je te loue de ce que tu l’as voulu ainsi.
22
Toutes choses m’ont été données par mon Père, et personne ne connaît qui est le Fils, si ce n’est le Père, ni qui est le Père, si ce n’est le Fils et celui à qui le Fils veut le révéler.
Bible Louis Segond

21 Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
22
Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
BEARA

21 Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.
22
Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
BEARC

21 In that hour Jesus rejoiced in spirit, and said, I thank thee, O Father, Lord of heaven and earth, that thou hast hid these things from the wise and prudent, and hast revealed them unto babes: even so, Father; for so it seemed good in thy sight.
22
All things are delivered to me of my Father: and no man knoweth who the Son is, but the Father; and who the Father is, but the Son, and he to whom the Son will reveal him.
KJV

21 Zu der Stunde freuete sich JEsus im Geist und sprach: Ich preise dich, Vater und HErr Himmels und der Erde, daß du solches verborgen hast den Weisen und Klugen und hast es offenbart den Unmündigen: Ja, Vater, also war es wohlgefällig vor dir.
22
Es ist mir alles übergeben von meinem Vater. Und niemand weiß, wer der Sohn sei, denn nur der Vater, noch wer der Vater sei, denn nur der Sohn, und welchem es der Sohn will offenbaren.
Luther Bibel 1545

21 Ἐν αὐτῇ τῇ ὥρᾳ ἠγαλλιάσατο [ἐν] τῷ πνεύματι τῷ ἁγίῳ καὶ εἶπεν, Ἐξομολογοῦμαί σοι, πάτερ, κύριε τοῦ οὐρανοῦ καὶ τῆς γῆς, ὅτι ἀπέκρυψας ταῦτα ἀπὸ σοφῶν καὶ συνετῶν καὶ ἀπεκάλυψας αὐτὰ νηπίοις· ναὶ ὁ πατήρ, ὅτι οὕτως εὐδοκία ἐγένετο ἔμπροσθέν σου.
22
Πάντα μοι παρεδόθη ὑπὸ τοῦ πατρός μου, καὶ οὐδεὶς γινώσκει τίς ἐστιν ὁ υἱὸς εἰ μὴ ὁ πατήρ, καὶ τίς ἐστιν ὁ πατὴρ εἰ μὴ ὁ υἱὸς καὶ ᾧ ἐὰν βούληται ὁ υἱὸς ἀποκαλύψαι.
NA27

21 Naquele momento, pelo poder do Espírito Santo, Jesus ficou muito alegre e disse: — Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso.
22
— O meu Pai me deu todas as coisas. Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e também aqueles a quem o Filho quiser mostrar quem o Pai é.
NTLH

21 En aquella misma hora Jesús se regocijó en el Espíritu, y dijo: Yo te alabo, oh Padre, Señor del cielo y de la tierra, porque escondiste estas cosas de los sabios y entendidos, y las has revelado a los niños. Sí, Padre, porque así te agradó.
22
Todas las cosas me fueron entregadas por mi Padre; y nadie conoce quién es el Hijo sino el Padre; ni quién es el Padre, sino el Hijo, y aquel a quien el Hijo lo quiera revelar.
Reina-Valera 1960



Jesus ao receber os discípulos que voltam da missão, e vê a salvação ser anunciada e realizada em meio ao povo, rejubila no Espírito.
É o único lugar que se constata que Jesus rejubila no Espírito Santo, e rejubila por quê? Porque a boa nova é anunciada e é realizada a salvação.
Este verbo é utilizado também no Magnificat, Maria exulta em Deus, porque ele elevou os humildes, e em outras passagem que se exulta pela ação salvífica de Deus na história.

11 occurrences
alegrar-vos (1), alegria (1), alegrou (1), alegrou-se (1), exultai (1), exultais (2), exultando (1), exultemos (1), exultou (2)


Mat 5:12      Regozijai-vos e                                  exultai , porque é grande o vosso galardão nos …
Luc 1:47      e o meu espírito se                             alegrou  em Deus, meu Salvador,
Luc 10:21    Naquela hora,                                    exultou  Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças …
João 5:35     …e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo,   alegrar-vos  com a sua luz.
João 8:56     Abraão, vosso pai,                             alegrou-se  por ver o meu dia, viu-o e …
At 2:26        …alegrou o meu coração, e a minha língua            exultou ; além disto, também a minha própria carne …
At 16:34      …mesa; e, com todos os seus, manifestava grande            alegria , por terem crido em Deus.…
1Ped 1:6      Nisso                                                 exultais , embora, no presente, por breve tempo, se …
1Ped 1:8      …amais; no qual, não vendo agora, mas crendo,               exultais  com alegria indizível e cheia de glória,
1Ped 4:13    …também, na revelação de sua glória, vos alegreis            exultando .
Apoc 19:7   Alegremo-nos,                                   exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas …



Exulta no Espírito porque escondeu Deus essas coisas, no Antigo Testamento, Dabar, podia significar palavra ou coisa, portanto a Revelação (apocalipse) permanece escondida (apokripto) para o sábios e inteligentes.

SÁBIOS (SOPHOS)

Sábios, os prudentes, são aqueles que são sábios aos próprios olhos, o sábio verdadeiro é somente Deus  (Rm 16, 27).  São Paulo se alegra com  os romanos, porque ele são sábios para o bem (Rm 16, 19), e a sabedoria de Deus é loucura para o mundo, e a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, (1 Cor 1, 19-20), e por isso também não devem os corintios ser sábios segundo a carne (1 Cor 1, 26) as coisas loucas do mundo para sábios e escolheu então as coisas fracas para envergonhar o mundo (1 Cor 1, 27). E se se é sábio no mundo deve se tornar louco em Deus para ser verdadeiramente sábio (1 Cor 3, 18). Pois a sabedoria deste mundo é loucura para Deus (1 Cor 3, 19), e São Paulo cita Jó, 5, 13 ele apanha os sábios em sua própria astúcia e Sl 94, 11: O Senhor conhece os raciocínios dos sábios, sabe que são vãos.

INSTRUÍDOS (SUNETOS)

A dupla “sábios e instruídos”, além do paralelo em Mt 11, 25-27, também é utilizado por São Paulo, no mesmo sentido:

“Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos”. [1]

Jesus exulta, se alegra no Espírito, e louva (exomologeo), no sentido de confissão, como a confissão dos pecados (Mt 3, 6), Jesus externa a partir de seu interior a Palavra (logos), porque o Pai revelou aos pequeninos a salvação, a Palavra da Salvação.
Quem são esses pequeninos?

PEQUENINOS (NÉPIOS)
A palavra mais próxima de pequninos é infante, aquela criança desprotegida que ainda está aprendendo a falar , como o Sl 8, 2, citado por Jesus em Mt 21, 16, é desses infantes, que brota o verdadeiro louvor. Palavra também utilizada por São Paulo no hino ao amor (1 Cor 13), que quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, mas essa criança é destinada a crescer e se tornar homem perfeito pelo amor (1 Cor 13, 11). A palavra de Deus anunciada, a lei de Deus, é que se torna a sabedoria dos simples (Sl 19, 7 e Sl 119, 130). É essa criança (népios) que brincará na cova da serpente nos tempos messiânicos (Is 11.8).

Portanto, somos convidados a entrar na mesma alegria de Jesus e de Maria, que a revelação é feita aos pequenos, aos infantes, aos que sabem-se necessitados de Deus. E não aos sábios aos próprios olhos, aos orgulhosos que não sabem que precisam de Deus. A sabedoria de Deus é esta, aquela que se abre como uma criança à salvação de Deus.



“Traziam-lhe também as crianças (tá bréfé - criancinhas pequenas), para que as tocasse; e os discípulos, vendo, os repreendiam.  Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos (tà paidia) e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.  Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança (paidíon) de maneira alguma entrará nele”(Lc 18, 15-17).[1]


[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Lc 18:17






































































[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. 1Co 1:19

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FRASES E PENSAMENTOS DE NOSSO PAI FUNDADOR

FRASES E PENSAMENTOS DE NOSSO PAI FUNDADOR
PE GILBERTO MARIA DEFINA

MENSAGEM PARA OS FUTUROS SALVISTAS

Deixo então uma mensagem para os futuros salvistas, que talvez não venham a me conhecer. Par que, não me vendo, acreditem em mim, assim como disse um escritor sagrado (cf. Jo 20, 29). Embora não vendo mais Jesus, acreditem em Jesus, que amem o Senhor Jesus embora não o tenham conhecido e com mais ardor ainda que os que o conheceram. Para essas pessoas eu também falo a mesma coisa: não me vendo nem me conhecendo, eu não nego para eles o meu coração cheio de amor a Deus e vontade de santificar a todos. Tenho um amor muito grande pelas crianças, pelos adultos e também pelos velhinhos. Que esses futuros salvistas encontrem a verdadeira vocação deles. (...) tenham certeza de que estão no caminho certo de santidade na vida pessoal e comunitária e, assim, santificando-se pessoalmente, santificam também o lugar onde habitam, santificam outros irmãos ou irmãs vivificados pelo seu apostolado (...) Que Deus abençoe a todos com a sua bênção paternal, do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Que essa bênção de Deus permaneça para sempre! Amém!
Padre Gilberto Maria Defina, sjs.
Pai-fundador da Fraternidade Jesus Salvador.

SOBRE A OBRA FRATERNIDADE JESUS SALVADOR

“A Fraternidade Jesus Salvador é uma obra inspirada por Deus para os nossos tempos e os vindouros” (Const 1995).

“Sob única Regra de Vida são colocadas três formas de vivência espiritual, assim contempladas pelo Código de Direito Canônico: Instituto Religioso, Instituto Secular e Sociedade de Vida Apostólica”. “Sob único Governo, estas instituições permanecerão formando unidade de orientação na pluralidade de seu apostolado. Sob único e gande Carisma: o Louvor de Deus”.

CARISMA

“Objetivo principal primário (da FJS) é o Louvor de Deus, sob todas as suas formas, a litúrgica em primeiro lugar; e o objetivo secundário, - como consequência desse louvor -, a santificação pessoal e comunitária, através da consagração ao Espírito Santo, Deus-Amor”. (Const 1995).

“O meio principal, dentre muitos outros importantes, para a consecução de sua principal finalidade e de seu principal objetivo, - para que nenhum desvio substancial jamais aconteça – é o “sensus Ecclesiae et Christifidelium”, consubstanciado na total e incondicional obediência e acatamento aos ensinamentos e determinações emanadas do Sumo Pontífice Romano, o Papa, mesmo em seu magistério comum e normal”. (Const 1995).

No contexto de uma das crises no Seminário Nossa Senhora de Pentecostes
Pe. Gilberto teve um sonho, no qual, Jesus batia três vezes no peito do Pe. Gilberto.
“Gilberto o Louvor de Deus necessita de paciência (batia a primeira vez), paciência (batia a segunda vez) e paciência (batia a terceira vez)”. (relatado em 30.06.1998 numa preleção)

“Finalidade, objetivo, meio e modo necessitam de explicações quanto a extensão de que compreende cada um desses princípios primordiais” (Const. 1995).

“Cada ato de nossa vida deve ser um louvor de Deus”.

“Resgatar o antigo, o patrimônio da Igreja, trazendo para o novo. Unir o antigo e o novo”.

“Espiritualidade Carismática: dons carismáticos colocados em prática”. (Pe Gilberto no Primeiro Capítulo Salvista).

“Não há sequer um que siga os caminhos da RCC que se lhe precise explicar a essencialidade da mesma Renovação: tudo reside na glória de Deus e para a sua glória Ele tudo criou. No louvor de deus está implícita toda a Adoração, o Agradecimento e Amor que Lhe são devidos como Divindade Uma e Trina. E por meio deste louvor é que nos advêm, pelo seu Espírito, todo o bem, salvação e cura, toda a Graça (...) Os renovados pela ação do batismo no Espírito Santo dão-lhe toda a adoração, e Dele recebem tudo o que agora são”. (Const 1995, seção II, objetivo).

“O que leva a este constante louvor divino (Louvor de Deus) é a procura do ‘Único Necessário’ em nossa vida: é estar com Deus, pois nele mergulhamos, ‘vivemos, respiramos e existimos’, pois, ‘tudo Ele criou para a sua glória” (Const. 1995, Regra de vida, sob único e grande carisma).  

“No mínimo devemos dar a Deus o máximo”.

“Não olhes para as desgraças, mas sim contemples mais as maravilhas de Deus”.

OS QUINZE PONTOS DA MÍSTICA CARISMÁTICA SALVISTA (CONSTITUIÇÕES DE 1995, SEÇÃO i, FINALIDADE, EXPLANAÇÃO E ESCLARECIMENTOS)

1.      Porque acredita que os carismas ou dons enunciados nas Escrituras, em especial I Coríntios 12, 13 e 14 e os frutos do Espírito, em especial Gal 5,22-25, podem hoje de novo acontecer nos que invocam e esperam, pelo mesmo Espírito Santo, um novo Pentecostes em suas vidas de cristãos.

2.      Porque acredita e confia mais na ação direta e na união do Espírito, do que na capacidade dos homens e de suas refinadas técnicas.

3.      Porque acredita e confia mais nas inspirações divinas, amando a Palavra de Deus na Bíblia, tendo-a como companheira e nela meditando dia e noite.
4.      Porque obedece, como Cristo obediente até à morte e morte de cruz, na perfeita obediência a Deus Pai, e por isso, na obediência filial à Santa Igreja e à sua Hierarquia.

5.      Porque, obedecendo ao seu Senhor e à sua Igreja, dá testemunho do Evangelho, sem medo nem covardia.

6.      Porque vive os mistérios de Deus e de seu Cristo no Espírito, por meio dos Sacramentos recebidos com freqüência, na participação do Santo Sacrifício da Missa e da confissão pessoal, nas orações, sacrifícios e jejuns freqüentes, nas visitas aos doentes e mais atos de misericórdia cristã, no testemunho pessoal de suas vidas, edificando o povo de Deus, assim repetindo hoje, os cristãos da Igreja Primitiva.

7.      Porque se aplica com assiduidade nas preces e cânticos de louvor a Deus e de suas maravilhas, fazendo-o de alma e de corpo, levantando os braços para Ele, o Criador de todo o nosso ser, não se preocupando com os olhares reprovadores do mundo que os julgam alienados, porque não compreendem de que vinho estão inebriados.

8.      Porque vive nas profundezas do Espírito, da oração contemplativa, sem se preocupar em demasia com o agito que dispersa, no social que não converte, nem proclama Jesus Cristo e seu Evangelho.

9.      Porque prefere tornar-se um místico e um asceta, do que um trabalhador da vinha que não consegue se deter par a escolha da melhor parte.

10.  Porque acredita salvar mais almas par o Céu, através do apostolado da oração, - alma de qualquer apostolado – do que trabalhar confiando mais em suas próprias idéias e próprias forças.

11.  Porque acredita e tem certeza de que o Pentecostes da Igreja Primitiva, em que ocorriam milagres, curas, sinais e prodígios, de fato se repetem no “hoje” de nossos tempos e de nossas vidas; só não ocorrendo vê-los os que não se detêm a perceber “os sinais dos tempos” de que Cristo nos alertou.

12.  Porque acredita e professa sua total adesão à Providência Divina, e desacredita de quaisquer coincidências e fortuidades de cada momento em nossas vidas, de toda força mental psicológica ou parapsicológica, como de todo instrumento interativo em nossas faculdades mentais ou físicas, que não sejam diretamente remetidas ao poder de Deus, ao senhorio de Jesus sobre todos nós, e na ação de seu Espírito, pois “qual de vocês por mais que se preocupe, pode acrescentar um só centímetro à duração de sua vida?  Não andem com vãs preocupações, homens de fé muito pequena. Até os cabelos de suas cabeças estão todos contados e nenhum cabelo cai de suas cabeças sem que o pai o queira. Busquem antes o reino de Deus e a sua justiça, e todas demais coisas lhes serão dadas por acréscimo (Lc 12, passim. Instruções aos discípulos e as vãs preocupações).

13.  Porque acredita e professa  a promessa de Cristo ressuscitado de que “sereis batizados no Espírito Santo” (At 1,5), aos que esperam, também, o cumprimento da promessa do Pai, “que ouvistes, disse Ele (Jesus), de minha boca” (At 1,4b), em muitos, ontem e hoje, derramando em Pentecostes seu Paráclito, àqueles que perseveram unanimemente na oração, juntamente com Maria, Mãe de Jesus (Cf. At 1,14).
14.  Porque acredita e acolhe com humildade e interesse cordial as revelações particulares que o Senhor faz hoje, como sempre o fez na história da Igreja e dos Santos, aos simples de coração: “Jesus exultou de alegria no Espírito Santo, dizendo: ‘Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te, porque assim foi o teu agrado’” (Lc 10,21). Não as contrapondo à Revelação, nem à Tradição, mas aceitando o que a mesma Santa Igreja aceita no discernimento do Espírito, algumas delas mesmo elevando às honras da Liturgia Sagrada. Não se julgando no direito de colocar limites à bondade e à misericórdia do Senhor, que inspira, fala e opera no coração  de seus fiéis, quando quer e como quer.

15.  Finalmente, - embora outras considerações poderiam acrescentar-se a estas - , sendo isto o fundamento principal desta Obra do Senhor Jesus, esta Fraternidade se propõe levar adiante, pelos tempos afora, este Sopro Divino que Ele hoje acendeu par renovar a face da terra com o seu fogo de Amor, e levá-lo a perpetuar-se no mundo, como tocha esplendorosa de uma era, que irá deixar de ser infiel e voltar-s-eà toda para o Senhor, convertida e purificada como Noiva do Cordeiro.

ESPLENDOR LITÚRGICO

“Observe-se o que vai assinalado no objetivo primário: que este Louvor de Deus seja dado, principalmente, através de formas da Sagrada Liturgia da Santa Igreja Católica. (...) a Fraternidade empregará e usará de todo o esplendor litúrgico para tal louvor a Deus, no uso apropriado das vestes, objetos, cantos, no desenvolvimento harmonioso do rito e das rubricas, no uso mesmo do Latim e do Canto Gregoriano, quando isto for útil e apropriado para tal louvor a Deus e para e edificação dos fiéis”. (Const 1995, seção III, item 2.3)

SOBRE FORMAÇÃO

“O seminarista de hoje é o padre de amanhã”.

“Quero padres santos e sábios, mais santos do que sábios”.

“Quero meus filhos livres”.

“Muro não segura seminarista”.

“Pois, é-nos preferível, se fosse o caso, errar com o Papa, do que acertar com a multidão”. (Const 1995, regra de vida 11).

SOBRE MISSÃO    

“Onde estiver a Igreja lá estará um salvista, onde ela não estiver nós a leváramos lá”.

“Esta Obra toda e todos os seus trabalhos são missionários. Pregar o Evangelho e testemunhar sem temor o nome de Jesus é sua própria, verdadeira e única Missão. Sendo comunidade d irmãos e irmãs, a fraternidade deseja congregar, por força de sua própria qualificação – Fraternidade, pessoas diferentes (...) Esta fraternidade não tem donso, porque o seu único Dono e Senhor é Jesus, e Jesus Salvador’.  (Const 1995, apêndice 5).

“Projeto: Cidade de Jesus. (...) edificar vários prédios em uma só gleba de terra, para finalidades oracionais e pastorais, formativas e missionárias” (ibidem)

“Três colunas mestras: Espiritualidade Carismática, centro de estudos e irradiação missionária-evangelizadora”.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Louvor e Murmuração

Louvor e Murmuração

Como vimos em outra postagem neste blog, o inverso de Louvor de Deus é a hipocrisia, pois tomamos uma máscara de fazer o bem, mas na verdade fazemos algo para chamar a atenção das pessoas, e como diz Jesus já recebemos a nossa recompensa (cf. Mt 6). O Louvor de Deus são ações e palavras que brotam da graça de Deus derramada em nossos corações pelo Espírito Santo derramado sobre nós (cf. Rm 5, 5).
Mas além do “Louvor de Deus”, o “Laus Dei”, existe o “Louvor a Deus”, o “Laus Deum”, nesse caso, como também em outra postagem, é o verbo hebraico halal, ou o grego aino, que trazem a ideia de elogio, engrandecimento daquele que louvamos, que no caso Deus.
Nesse ponto, entra o seu oposto que é a murmuração. Murmurar vem de fazer barulho em voz baixa, resmungar, que advém de uma concepção onomatopaica do barulho da água que percorre um riacho.
Na Sagrada Escritura esse murmurar aparece em: “E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?”[1] O povo sai do Egito, após contemplar as maravilhas de Deus, na primeira prova começa a murmurar. Também em outras passagens como o reclamar era contra Moisés e Arão (Ex 16, 2; Nm 14, 2), ou apenas Moisés (Ex 15, 24; 17, 3; Nm 14, 36) ou apenas Arão (Nm 16, 11) ou o próprio Deus(Ex 16, 7-8, Nm 14, 27,29). Telunná do verbo lûn, está associado a rebelar-se, mas sempre em última análise a murmuração dos israelitas era sempre contra Deus, que havia comissionado os líderes do povo. A natureza dessa murmuração se vê no fato de que é um ato ostensivo de rebelião contra o Deus (Nm 14, 9) e uma recusa em acreditar em sua palavra e suas obras (Nm 14, 11, 22, 23).[2]
A Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, a versão dos LXX, traduz na maioria das vezes por diagogguzw, ou como em Ex 17, 3 por gogguzw, que é murmurar, resmungar, reclamar contra alguém etc. No Novo Testamento, o pensamento é de reclamar e como o Antigo Testamento, tem por objetivo o próprio Deus continua, como na parábola dos trabalhadores da vinha que murmuravam por terem recebido o mesmo valor dos que vieram por último (cf. Mt 20, 11), a murmuração contra Jesus por ele comer com os pecadores (cf. Lc 5, 30) Lucas toma diagogguzw (cf. Lc 15, 2), como também no caso da convivência com o pecador Zaqueu (Lc 19, 7) ou o povo que murmura por medo dos hipócritas se não era Jesus o Cristo (cf. Jo 7, 32), ou a murmuração que desacreditava do Pão da Vida (Jo 6, 41.43 4 61).  São Paulo faz memória dos fatos do Êxodo recordando que a murmuração contra Deus traz o castigo do exterminador (cf. I Cor 10, 10, cf Ex 12, 23; Nm 17, 6-15), mas logo depois recorda que não há tentação acima das forças (cf. I Cor 10, 13).
Vemos que a murmuração, segue as características do Antigo Testamento, sendo ela dirigida a Deus, mas no Novo Testamento, Jesus é aquele ao qual é dirigida a murmuração, (exceto I Cor 10, 10), repare que a murmuração é porque Jesus convive com pecadores, Deus vem fazer comunhão com o pecador em Jesus Cristo e a murmuração mais condenada é exatamente esta, e se fizermos uma relação com a hipocrisia, é o hipócrita que murmura, que não se conforma em não ser separado, reconhecido como distinto, é deste que brota a murmuração, por não reconhecer a misericórdia de Deus se fez carne em Jesus Cristo e acolhe o pecador, ou se faz o Pão da Vida, o pão daquele que necessita de Deus.
Como discernir a murmuração contra Deus e não confundi-la com o que o próprio Jesus fez quando recrimina o erro, conforme abaixo:
Mt 23, 1-4 – Repare Jesus condena as autoridades da época, sentar na cadeira de Moisés não é algo qualquer, é a autoridade, e diz simplesmente para nós quando a autoridade é contraditória fazer o que manda, mas não segui-la em seus atos, mas isso com certeza não é murmuração, é mostrar a verdade. Lembremos que são desses hipócritas que vem a murmuração.
1 Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: 2 Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. 3 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. 4 Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.[3]

Lc 13, 32 – Jesus critica Herodes tranqüilamente, dando a ele o cognome de raposa, atribui a astúcia e a maneira rapina de agir do animal a uma autoridade de seu tempo:
Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei”.

A atribuição de raça de víboras, um atributo nada amistoso é utilizado tanto por Jesus como por João Batista:

João Batista
Mat 3:7
Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?

Luc 3:7
Dizia ele, pois, às multidões que saíam para serem batizadas: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?

Jesus
Mat 12:34


Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.

Mat 23:33
Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?


São Paulo também utiliza até da ironia para atacar seus inimigos, e isto não é considerado murmuração, e também repreende São Pedro, quando a verdade do Evangelho está em jogo:

Gl 2, 11-15
11 Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. 12 Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. 13 E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. 14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? [4]

I Cor 4, 7-8
7 Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido? 8 Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco.[5]

            Jesus colocou pessoas a frente do Rebanho, nós temos que obedecer as autoridades e ouvir na sua boca a Palavra do Senhor, como disse Jesus: “Quem vos ouve, a mim ouve, quem vos despreza a mim despreza, despreza aquele que me enviou” (Lc 10, 16). Mas, não se pode absolutizar o enviado do Senhor, deve-se sempre se esforçar para ouvir a voz de Deus, mas nenhum ser humano é Deus. Santos, como santa Catarina de Sena ou São Bernardo, ousaram admoestar o próprio papa, porque somos todos limitados.
            Atualmente, o próprio papa Bento XVI, na CARTA PASTORAL DO SANTO PADRE BENTO XVI à Irlanda, tendo em vista o grande números de casos de pedofilia naquele país e a resposta insuficiente da Igreja, constatou que uma das razões foi “uma tendência na sociedade a favor do clero e outros figuras de autoridade, e uma preocupação deslocada para a reputação da Igreja e a necessidade de evitar escândalo, resultando em falha a aplicar as sanções canônicas e para salvaguardar a dignidade de cada pessoa”.  E ao falar aos sacerdotes pedófilos que tinham a autoridade de presbíteros e bispos não mediu as palavras dizendo: “Você traiu a confiança que foi colocado em você por jovens inocentes e seus pais, e você deve responder antes de Deus Todo-Poderoso e antes devidamente constituídos tribunais”.
Poderíamos listar muitos outros exemplos, porém o critério supremo para distinguir o que é murmurar é a verdade, pois não se murmura quando se trabalha pela verdade e em favor da verdade, murmurar é trabalhar contra a verdade (cf. II Cor 13, 8).
Recentemente como é do conhecimento de todos pela grande imprensa, o escândalo referente ao fundador dos Legionários de Cristo, uma das coisas que foi condenada pela Igreja foi o quarto voto que prescrevia não criticar os superiores, esse voto criou um ambiente propício para que as vitimas de pedofilia fizessem silêncio e não denunciassem o fundador pedófilo. Por isso, nunca se pode confundir lutar pela verdade com murmuração. A transparência é essencial ao carisma salvista como exortava nosso Pai Fundador padre Gilberto, inclusive para os superiores.

“É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1).
           



[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Êx 15:24
[2] HARRIS, R Laird et alii. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2008, n. 1097.
[3]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Mt 23:4
[4]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Gl 2:15
[5]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. 1Co 4:8

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O LOUVOR DE DEUS NA BÍBLIA

O LOUVOR DE DEUS NA BÍBLIA


“Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom;
cantai louvores ao seu nome, porque é agradável”. (Sl 135, 3)[1]


             O louvor a Deus, ou mais amplamente o louvor de Deus, no qual tudo deve proclamar que Deus é Deus, é o carisma da Fraternidade Jesus Salvador, mas na perspectiva bíblica o que é louvar?
            No hebraico o verbo halal, do qual procede a palavra aleluia, louvar a IHWH, é utilizado  no sentido de elogio, ou estar profundamente agradecido a alguém, exaltar (por exemplo a beleza humana), na bíblia hebraica é aplicado a Deus, cognato ao termo brilhar (hêlel).
            Halal, e seus derivados como o substantivo tehillah (louvor, cântico, hino, ação de graças), bem como mahalal (louvor, vanglória)  são empregados empregado em algumas passagens por exemplo:

Prov 27:21
 Como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro,  assim, o homem é provado pelos louvores que recebe.
1Crôn 25:3
 Quanto à família de Jedutum, os filhos: Gedalias, Zeri, Jesaías, Hasabias e Matitias, seis, sob a direção de Jedutum, seu pai, que profetizava com harpas, em ações de graças e louvores ao Senhor.
2Crôn 23:13
 olhou, e eis que o rei estava junto à coluna, à entrada, e os capitães e os que tocavam trombetas, junto ao rei; e todo o povo da terra se alegrava, e se tocavam trombetas. Também os cantores com os instrumentos músicos dirigiam o canto de louvores. Então, Atalia rasgou os seus vestidos e clamou: Traição! Traição!
Sal 22:22
 A meus irmãos declararei o teu nome;  cantar-te-ei louvores no meio da congregação;
Jer 31:7
 Porque assim diz o Senhor: Cantai com alegria a Jacó, exultai por causa da cabeça das nações; proclamai, cantai louvores e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o restante de Israel.
Sal 9:14
 para que, às portas da filha de Sião,  eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.
Sal 22:3
 Contudo, tu és santo,  entronizado entre os louvores de Israel.
Sal 22:25
 De ti vem o meu louvor na grande congregação;  cumprirei os meus votos na presença dos que o temem.
Sal 34:1
 Bendirei o Senhor em todo o tempo,  o seu louvor estará sempre nos meus lábios.

            Em levítico (19, 24) hilluwl é empregado como ofert de lçouvores ao Senhor, sacrifício ao Senhor.
            Nesse sentido, outro verbo utilizado para louvar é towdah (advindo de yadá, significando jogar, lançar, é desse verbo também que vem a palavra torah, ensinamento, que se tornará nómos, na língua grega, signficando lei, e dará o nome ao Pentateuco). Como no Sl 26, 7, “entoar com alta voz, os louvores e proclamar tuas maravilhas”. Utilizado também para qualificar “sacrifício de louvores” (Lv 22, 19). Portanto evoca o contexto litúrgico como no salmo 42, 4:
“Lembro-me destas coisas —e dentro de mim se me derrama a alma —, de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa”.
            Outros exemplos:
Jos 7:19
 Então, disse Josué a Acã: Filho meu, dá glória ao Senhor, Deus de Israel, e a ele rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes.
Neem 12:27
 Na dedicação dos muros de Jerusalém, procuraram aos levitas de todos os seus lugares, para fazê-los vir a fim de que fizessem a dedicação com alegria, louvores, canto, címbalos, alaúdes e harpas.
Sal 26:7
 para entoar, com voz alta, os louvores e proclamar as tuas maravilhas todas.

            Um terceiro grupo é formado pelo verbo zamar, significando fazer música, cantar, tocar um instrumento musical, cf. Abaixo:

Sal 7:17
 Eu, porém, renderei graças ao Senhor, segundo a sua justiça,  e cantarei louvores ao nome do Senhor Altíssimo.
Sal 9:2
 Alegrar-me-ei e exultarei em ti;  ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.
Sal 9:11
 Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião;  proclamai entre os povos os seus feitos.
Sal 18:49
 Glorificar-te-ei, pois, entre os gentios, ó Senhor,  e cantarei louvores ao teu nome.
Sal 47:6
 Salmodiai a Deus, cantai louvores;  salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores.

           


A tradução grega da Bíblia Hebraica, a chamada dos Setenta (LXX), segundo século antes de Cristo, traduziu os verbos acima da seguinte maneira:

Hebraico
Tradução
Grego
Tradução
Etimologia
Tehillah
Halal
Hilluwl
mahalal
Louvar, louvor,
Engrandecer,
Dar graças
Ainew,

ainesis,

epainos,

hummnos
Louvar, exaltar, cantar louvores
Louvar, oferta de gratidão.
Aprovação,
Louvor
Hino, canção de louvor
Os três primeiros correlatos a hummnos, que provem de humem, que significa, membrana, ligame, provavelmente o material utilizado nos intrumentos musicias.
Todah
Yadá
Confissão, louvor, ação de graças, hino de louvor
Exomogew




Ainew (cf. Acima)
Aceitar, reconhecer, professar, confessar, louvar
Omológos – mesmo discurso, concordância.
Ex – de Ek – fora de...
Portanto, o que há na pessoa que concorda com o que há na outra (no caso Deus), isso é colocado para fora, confessado, testemunhado.
Zamar
Fazer música, cantar louvores ou tocar um instrumento.
psallw
Cantar um, hino, tocar um instrumento.
Psalmós – salmo.
- arrancar, puxar cabelo, cordas de instrumento, tocar instrumento.


Concluindo:
Relacionando com o Louvor de Deus, Louvor comporta desde o hebraico três principais matizes, é um engrandecer, no caso Deus, que comporta a utilização de instrumentos, a ação humana, e está intimamente ligado ao culto, ao sacrifício agradável a Deus. Portanto, é a ação humana, a vida humana em todas as suas dimensões que se torna um sacrifício agradável ao Senhor, como em muitas passagens um canto novo.



No Novo Testamento a palavra louvor não é muito utilizada, alguns exemplos, tais como o grupo de aineo, ainesis:

Apoc 19:5
 Saiu uma voz do trono, exclamando:  Dai louvores ao nosso Deus,  todos os seus servos,  os que o temeis,  os pequenos e os grandes.
Mat 21:16
 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes:  Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?
Luc 18:43
 Imediatamente, tornou a ver e seguia-o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.

E a dimensão cultica de todah, traduzida por aineo, se torna a exteriorização do que há no coração, e louva o Pai, por meio de Jesus.

Heb 13:15
 Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.

No caso de exomologeo, um dos principais é Lc 10, 21, como já analisamos em “Lc 10: Princípio Bíblico do Carisma do Louvor de Deus”.



Exemplos interessantes:

Is 43, 21 – “ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor”.

No hebraico “meu louvor” aqui é “tehilati”, que a LXX traduziu por “aretas mou”, que siginifica força e que em muitos outros lugares será traduzida por virtude, portanto o grego entende louvor como celebrar a força de Deus, o poder de Deus. No caso humano a prática das virtudes é o melhor modo de viver o louvor de Deus, a sua graça, o seu poder em nós.

Is 60, 6 – “A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor” .

Nesse trecho, aplicado na Liturgia ao mistério da Epifania do Senhor, no presente dos magos (Mt 2, 11), louvores do Senhor são tehiluth IHWH, que a LXX vai traduzir por sotérion Kuriou, o louvor do Senhor é a salvação do Senhor, perfeitamente aplicável na relação entre o Louvor de Deus que é a salvação do homem, o homem vivo no dizer de Santo Irineu. Portanto, também para relacionar o Carisma ao nome da Fraternidade, o Louvor maior de Deus, é o homem vivo, o homem salvo que pela sua vida proclama a vida de Deus. Louvor na ação humana que brota do mais profundo do coração humano, pois não adianta proclamar fora se não provém da Palavra presente em nosso coração:

“O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29, 13).



Bibliografia

COENEN, Lothar; BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2v, 2000.

DITAT corresponde à obra de R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (publicado pelas Edições Vida Nova, www.vidanova.com.br).

RUSCONI, Carlo. Dicionário de Grego do Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2005.

Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005.








[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Sl 135:3

A LIBERDADE E LOUVOR DE DEUS COMO FIM ÚLTIMO DO HOMEM

    INSTITUTO SUPERIOR DE FILOSOFIA E TEOLOGIA SÃO BOAVENTURA     DANIEL RIBEIRO DE ARAÚJO                   ...