quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Vocação salvista: Um “sim” ao Louvor de Deus.

 Vocação salvista: Um “sim” ao Louvor de Deus.    

Vocação

Ex 3, 1-12

Ex 6, 2-13

Jr 1, 1-10

Missão

10Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.

10-11 10Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:11Vai ter com Faraó, rei do Egito, e fala-lhe que deixe sair de sua terra os filhos de Israel

e te constituí profeta às nações.

 

Is 6

Ez 2, 1-7

 

8Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim

4Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus.5Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta.

 

 

 

 

 

     

 

V.31.17 Vocação dos leigos

Catecismo 898 "É especifico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus... A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, as quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor."

 

2Tessalonicenses 1.11 (RAStr)

11Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé,

 

2Timóteo 1.9 (RAStr)

9que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,

 

Hebreus 3.1 (RAStr)

1Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus,

 

 

CARACTERÍTISCA DO SIM AO LOUVOR DE DEUS

 

 

1. Louvor de Deus é central.

 

Não somos chamados em primeiro lugar por causa do pelo Esplendor Litúrgico, Espiritualidade Carismática, Vida Fraterna,

Tudo isso é fundamental, mas o centro da vocação é o Louvor de Deus.

 

O ser humano, com a vida imersa na graça de Deus, graça que é “Dom do Espírito Santo que nos santifica e justifica” (CIgC n. 2003), transborda em obras de justiça para a vida do próximo. O Louvor de Deus é, portanto, a nossa vida que se torna um verdadeiro Louvor, sermos “para Deus o bom odor de Cristo, entre aqueles que se salvam e aqueles que se perdem” (2 Cor 2, 15).

 

Constituições de 1994

 

2.OBJETIVO

 

            Seu objetivo principal primário é o Louvor de Deus sob todas as suas formas, a litúrgica, em primeiro lugar; e o objetivo secundário, - como consequência desse louvor – a santificação pessoal e comunitária, através da consagração ao Espírito Santo, Deus-Amor. 

Dizer sim ao Louvor é dizer não à Hipocrisia, ao aparecer, ao protagonismo à frente de Deus, ao Orgulho, à murmuração.

 

2. Ser servo da Graça de Deus.  Um sim à autocomunicação de Deus na História e ajudar as pessoas a fazerem o mesmo.

 

Efésios 2.8–9 (RAStr)

8Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;9não de obras, para que ninguém se glorie.

 

“E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1,17).

2680 κατασκευαζω kataskeuazo

de 2596 e um derivado de 4632; v

1) guarnecer, equipar, preparar, tornar pronto

1a) de alguém que torna algo pronto para uma pessoa ou coisa

1b) de construtores, construir, erigir, com a idéia implícita de adornar e equipar com o todo o necessário

Mateus 11.10 (RA)

10 Este é de quem está escrito:

Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.

Marcos 1.2 (RA)

2 Conforme está escrito na profecia de Isaías:

Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho;

 

50.       A Família Salvista quer, no “Louvor de Deus”, propiciar o encontro da pessoa com Deus, que se dá sobretudo na Liturgia. Por isso, o Instituto empregará e usará de todo o esplendor litúrgico, levando o Povo de Deus à santidade e à perfeição em Cristo.

Dizer sim à GRAÇA é dizer não é mágica e não é fruto da observância da lei.

 

3. Atraídos para na graça levar o ser humano à salvação. Um sim à salvação integral do ser humano.

 

João 10.10 (RA)

10 O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

 

8.         A espiritualidade desta Família Religiosa é, pois, nitidamente oracional e apostólica.

 

Salvação como relacionamento, como família, evangelizamos em família, para chamar as pessoas ao relacionamento.

 

Não somos clube, exército, empresa,

Tudo o que quebra o relacionamento, ou não se ensina a pessoa a relacionar, dividir para conquistar, é instrumento do mal para tirar a vida, roubar, matar e destruir.

Dizer sim à Salvação. É dizer não à dominação do ser humano, instrumentalizar as pessoas, criar divisões e grupos, destruir a comunidade e a Igreja.

4. Santificação pessoal e comunitária. Um sim à santidade que acontece em comunidade e integralmente abarca a pessoa.

Constituições de 1994

 

2.OBJETIVO

 

            Seu objetivo principal primário é o Louvor de Deus sob todas as suas formas, a litúrgica, em primeiro lugar; e o objetivo secundário, - como consequência desse louvor – a santificação pessoal e comunitária, através da consagração ao Espírito Santo, Deus-Amor. 

 

Pessoal – ser humano em relacionamento

Comunitária – ninguém se santifica sozinho, em Igreja.

Constituições 51.        A Comunidade Religiosa Salvista, no exercício do seu carisma, se empenhará para que a parcela do Povo de Deus confiada ao seu zelo apostólico se transforme numa verdadeira comunidade cristã, de modo a tornar tal realidade uma comunidade de comunidades: pequenas comunidades de vivência cristã, células de oração e vida.  

 

Dizer sim à Santificação pessoal e comunitária. É dizer não ao individualismo, ao relativismo, ao egoísmo, à Santidade aparente da Hipocrisia e da Lei a partir da carne.

5. Sentire cum Ecclesia – Um sim à Igreja como comunhão, à Igreja Católica, Apostólica Romana.

Buscar estar em comunhão com a Igreja.

Constituições 22.        Como expressão de filial e especial obediência ao Romano Pontífice, que desejamos cultivar em nosso Instituto, todos os membros devem aplicar-se assiduamente à leitura, ensino, estudo e prática dos documentos e ditames do Sumo Pontífice, das Congregações da Cúria Romana e de toda Tradição da Igreja .

Dizer sim ao Sentire cum Ecclesia é dizer Não a ser como um papagaio que repete trechos de documentos, mas estar aberto à comunhão eclesial, ao desprezo da Igreja e às pessoas da Hierarquia e aos leigos que a compõem, idolatrar a Igreja como se fosse uma realidade autônoma de Deus, ou idolatrar o poder ou a ostentação.

 

6. Espiritualidade Carismática. Um sim ao Espírito Santo que nos doa os dons e carisma para a Evangelização.

 

Constituições 7. O Instituto forma sacerdotes e irmãos que, sob a moção do Espírito Santo desejam viver uma espiritualidade carismática, isto é, viver na abertura e na disposição de acolher e por em ação os dons e carismas que Deus se dignar conceder.

Catecismo 2003. A graça é, antes de tudo e principalmente, o dom do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas também compreende os dons que o Espírito nos dá, para nos associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar na salvação dos outros e no crescimento do corpo Místico de Cristo, que é a Igreja. São as graças sacramentais, dons próprios dos diferentes sacramentos. São, além disso, as graças especiais, também chamadas «carismas», segundo o termo grego empregado por São Paulo e que significa favor, dom gratuito, benefício (59). Qualquer que seja o seu carácter, por vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas estão ordenados para a graça santificante e têm por finalidade o bem comum da Igreja. Estão ao serviço da caridade que edifica a Igreja (60).

 

Dizer sim à Espirituralidade Carismática é dizer não ao fanatismo, à uma espiritualidade que nos trata como anjos e não como seres humanos, a Coisificar o Espirito Santo, uma espiritualidade sentimentalista ou intimista.

 

7. Esplendor Liturgico. Um sim ao Mistério Pascal que é celebrado na Liturgia.

Constituições 26. O primeiro lugar de exercício do Carisma do Instituto é a Sagrada Liturgia. Portanto, sempre empregar-se-á todo o esplendor litúrgico para o “Louvor de Deus”. Ao participar do Santo Sacrifício diariamente, os religiosos experimentam a realidade profunda da Igreja, congregada por Cristo na unidade do Espírito, que leva à comunhão dos corações convocados pelo Pai para uma mesma missão[1].

 

Dizer sim ao Esplendor Litúrgico, é dizer sim à participação plena, frutuosa e cônscia na Liturgia.  É dizer não ao ritualismo, ao protagonismo, ao desprezo da Liturgia, ao intimismo e ao sentimentalismo.

 

8. Dizer sim à Missão e ao apostolado.

Constituições 29 - Nosso Instituto, aberto a todo apostolado, consoante o carisma de sua fundação faz do anúncio direto da Palavra de Deus elemento essencial de sua missão. O Instituto quer contribuir de maneira especial, com a catequese, com as missões populares, grupos de oração, retiros espirituais, com os trabalhos de evangelização, com a evangelização através dos meios de comunicação e com todas as outras iniciativas e intenções da Igreja Universal e Particular[2].

 

Constituição de 1994 - 12 – Esta obra toda e todos os seus trabalhos são missionários. Pregar o Evangelho e testemunhar sem temor o nome de Jesus é sua própria, verdadeira e única Missão.

Ser Missão antes de fazer missão.

Documento de Aparecida

CAPÍTULO 1

OS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS

 

20. Nossa reflexão a respeito do caminho das Igrejas da América Latina e do Caribe tem lugar em meio à luzes e sombras de nosso tempo. Não nos afligem nem confundem as grandes mudanças que experimentamos. Temos recebido dons incalculáveis, que nos ajudam a olhar a realidade como discípulos missionários de Jesus Cristo.

 

Dizer sim à Missão é dizer sim em primeiro lugar a ser discípulo para ser missionário. É dizer não ao fechamento, à mentalidade de seita, de achar-se salvo e desprezar os outros, não entrar na dinâmica de abertura de Jesus ao pecadores Cf. Lc 15, 1 -2.

 

 

9. Dizer sim à uma vocação específica no seio da Mãe Igreja e aberta e que valoriza as outras vocações eclesiais.

Constituições 42.        A comunidade, bem como cada um de seus membros, abre-se, generosamente, na acolhida a todos que a Providência coloca em seu caminho, seja das demais comunidades do Instituto bem como os membros de outros institutos de vida consagrada. O amor fraterno se estende também a cada uma das famílias naturais dos religiosos e a todos aqueles que recorrem ao Instituto. 

 

Acolhida de outras pessoas, famílias dos irmãos, pessoas de outros carismas, abertura ao relacionamento com irmãos de outras crenças no respeito à nossa própria identidade e à dos outros.

 Dizer sim à uma vocação específica é dizer não ao provincialismo, ao gueto, às panelinhas, ao sentir-se superior aos outros, não conhecer a própria identidade por isso ter medo dos outros.

 

10. Dizer sim ao fundador, como ele é.

- um fundador profundamente eclesial e humano.

- um fundador carismático equilibrado e humano.

- um fundador afável e que assumia as próprias fragilidades.

- um fundador aberto à produção cultural, às coisas boas que o ser humano produz, às artes.

- um fundador paciente e misericordioso.

 

Dizer sim ao Fundador é dizer não às imagens falsas, idealizações, desumanizações, angelizações etc.



[1] Cf. cân. 663 § 2

[2] Cf. cân. 675 § 3

Símbolo na Liturgia segundo o Papa Francisco

 

CARTA APOSTÓLICA DESIDERIO DESIDERAVI DO SANTO PADRE FRANCISCO AOS BISPOS, SACERDOTES E DIÁCONOS, AOS HOMENS E MULHERES CONSAGRADOS E AOS LEIGOS FIÉIS SOBRE A FORMAÇÃO LITÚRGICA DO POVO DE DEUS Eu ansiava pelo desejo comer esta Páscoa com você antes que eu sofra (Lc 22:15)

Dado em Roma, em São João de Latrão, no dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Apóstolos, no ano de 2022, décimo do meu Pontificado. FRANCISCO

44. Guardini escreve: “Aqui se delineia a primeira tarefa do trabalho de formação litúrgica: o homem deve tornar-se novamente capaz de símbolos”. [13] Esta é uma responsabilidade de todos, tanto dos ministros ordenados como dos fiéis. A tarefa não é fácil porque o homem moderno se tornou analfabeto, não consegue mais ler símbolos; é quase como se nem sequer se suspeitasse de sua existência. Isso acontece também com o símbolo do nosso corpo. Nosso corpo é um símbolo porque é uma união íntima de alma e corpo; é a visibilidade da alma espiritual na ordem corpórea; e nisso consiste a singularidade humana, a especificidade da pessoa irredutível a qualquer outra forma de ser vivo. Nossa abertura ao transcendente, a Deus, é constitutiva de nós. Não reconhecer isso nos leva inevitavelmente não apenas a não conhecer a Deus, mas também a não conhecer a nós mesmos. Basta olhar para a forma paradoxal como o corpo é tratado, ora cuidado de forma quase obsessiva, inspirado no mito da eterna juventude, ora reduzindo o corpo a uma materialidade à qual é negado toda dignidade. O fato é que não se pode dar valor ao corpo partindo apenas do próprio corpo. Todo símbolo é ao mesmo tempo poderoso e frágil. Se não for respeitado, se não for tratado pelo que é, se despedaça, perde sua força, torna-se insignificante. Não temos mais o olhar de São Francisco, que olhou para o sol - que chamou de irmão porque assim o sentiu - e o viu belo e radiante com grande esplendor e, maravilhado, cantou que traz uma semelhança de Ti, Altíssimo. [14] Ter perdido a capacidade de apreender o valor simbólico do corpo e de cada criatura torna a linguagem simbólica da Liturgia quase inacessível à mentalidade moderna. E, no entanto, não se pode renunciar a tal linguagem. Não pode ser renunciado porque é como a Santíssima Trindade escolheu nos alcançar através da carne do Verbo. Trata-se antes de recuperar a capacidade de usar e compreender os símbolos da Liturgia. Não devemos perder a esperança porque esta dimensão em nós, como acabei de dizer, é constitutiva; e apesar dos males do materialismo e do espiritualismo - ambos negações da unidade da alma e do corpo - ela está sempre pronta para ressurgir, como toda verdade.

A LIBERDADE E LOUVOR DE DEUS COMO FIM ÚLTIMO DO HOMEM

    INSTITUTO SUPERIOR DE FILOSOFIA E TEOLOGIA SÃO BOAVENTURA     DANIEL RIBEIRO DE ARAÚJO                   ...