segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Louvor em Santa Teresa de Jesus


“O Louvor em Santa Teresa de Jesus”

“Sendo sempre meu desejo servir de instrumento do louvor do Senhor e para o aumento do número dos que O serviam”. F 28, 15

“E, por quem sois, Senhor, servi-vos de mim, pois bem sabeis que não pretendo outra coisa que sejais louvado e engrandecido um pouco por haverdes plantado um jardim de flores tão suaves num pântano tão sujo e malcheiroso. Queira Sua Majestade que eu, pela minha culpe, não volte a arrancá-las nem torne a ser o que era”. V 10, 9

Aludindo ao Sl 88, 2 “Cantarei para sempre a misericórdia do Senhor”
“Suplico-Vos, Deus meu, que assim seja e que eu as cante sem parar, já que Vos dignastes conceder-me graças tão imensas que espantam os que as veem e que muitas vezes me deixem fora de mim para que eu melhor Vos louve”. V 15, 11.

Terceiro Grau da Oração
“As faculdades só tem condições de ocupar-se em Deus; parece que nenhuma ousa mexer-se, (...) Vem então, desordenadamente, muitas palavras de louvor a Deus, que só o próprio Senhor as pode corrigir. (...) A alma fica desejosa de louvá-Lo em voz alta, pois não cabe em si, estando num saboroso desassossego. (...) A alma gostaria que todos a vissem e compreendessem a sua glória para dar graças a Deus”. V16, 3.

Quarto Grau da Oração
“Surgem as promessas e determinações heróicas, (...) aborrecimento do mundo (...) tendo crescido em humildade (...) A vaidade está tão longe dela (...) Estando sozinha com Ele, que há de fazer senão amá-Lo? (...) ela (a alma) percebe que merece o inferno e que é castigada com a glória; desfaz-se em louvores a Deus, e quisera eu me desfazer agora”. V 17, 5

Arroubo
“É verdade que, em geral, essas faculdades estão mergulhas em louvores a Deus ou na busca da compreensão e do entendimento do que lhes ocorreu”. V 20, 20

Efeitos da Graça
“Assim, eu não queria que houvesse limites no meu serviço a Sua Majestade, desejando empenhar nisso toda a minha vida, todas as minhas forças e a minha saúde, para não perder, por minhas culpas, nem um pouco de maior felicidade. Dessa maneira, digo: se me perguntassem se quero ficar na terra até o fim do mundo com todos os sofrimentos nela existentes e depois em elevar um pouco mais na glória, ou se prefiro, sem nenhum padecimento, ir já gozar uma glória um pouco mais baixa, eu com boa vontade tudo padeceria para fruir um pouco mais de compreensão da grandeza de Deus, pois percebo que quem mais O entende mais o ama e mais O louva”. V 37, 2

Sobre o Livro da Vida
“Mas bendito trabalho, se conseguir dizer algo que leve alguém, ao menos uma vez, a louvar o Senhor”. V 40, 23

Relações
“porque me parece honra minha que Nosso Senhor seja louvado, pouco me importando tudo o mais. Isso bem sabe Ele, ou eu estou muito cega, já que nem honra, nem vida, nem glória, nem nenhum bem corporal ou da alma podem me deter, nem penso ou desejo benefício para mim, mas sim a Sua glória”. R 1, 25

Efeitos do enlevo
“ela (a alma) se esquece de si mesma para desejar que tão grande Deus e Senhor seja conhecido e louvado”. R 5, 8

Locução de Nossa Senhora
“Bem acertastes em por-Me aqui; Eu estarei presente aos louvores que derdes ao Meu Filho e os apresentarei a Ele”. R 25

Amor perfeito
“Aquele a quem o Senhor tiver dado essa graça deve louvá-Lo muito, pois deve ter muita perfeição”. C 6, 1

Vida Religiosa
“Disponhamo-nos a seguir esse caminho se Deus por ele nos quiser levar; se não for esse o caso, recorramos à humildade e tenhamo-nos por felizes em servir às servas do Senhor, louvando-O porque, embora merecêssemos ser escravas dos demônios do inferno, Sua Majestade nos permitiu ficar entre elas”. 

Oração de quietude
“Na qual, segundo me parece, o Senhor, como eu disse, começa a mostrar que ouviu a nossa súplica e a nos dar o seu reino para que O louvemos de verdade, santifiquemos-Lhe o nome e procuremos que o façam todos”. C 31, 1

Quartas Moradas
“Essas almas (...) em ocupar-se em atos de amor e de louvor a Deus, alegrando-se com a Sua bondade e com o fato de Ele ser quem é”. M IV, 1, 6.

Quintas Moradas
“Bem sabe o Senhor que não é outro o meu desejo (...) senão que seja louvado o Senhor nome e que nos esforcemos por servir a um Deus que nos recompensa com tanta generosidade já aqui na terra”. M V, 4, 11

Sextas Moradas
“porque o Senhor lhe tem dado maior entendimento para ver que nenhuma coisa boa é sua, mas dada por Sua Majestade; desse modo, põe-se a louvar a Deus, sem se lembrar do que lhe diz respeito, como se fosse uma graça dispensada a outra pessoa”. M VI, 1, 4.

“A alma gostaria de ter mil vidas para empregá-las todas em Deus. Quisera que todas as coisas da terra fossem línguas para louvar ao Senhor em seu nome”. M VI, 4, 15.

 “ela (a alma) gostaria de introduzir-se no mundo, a fim de contribuir para que ao menos uma alma louve mais a Deus”. M VI, 6, 3.

“Daria mil vidas, se tantas tivesse, para uma única alma, por seu intermédio, Vos louvasse um pouquinho mais”. M VI, 6, 4.

Sétimas Moradas
“Essas pessoas vivem em grande desapego de tudo e com um grande desejo de estar sempre a sós, ou ocupadas em algo que possa beneficiar alguma alma. Não as acompanham nem aridez nem sofrimentos interiores, mas apenas a lembraça de Nosso Senhor, e tal ternura para com Ele que desejariam dedicar todo o tempo aos seus louvores”. M VII, 3, 8. 

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