“O
Louvor em Santa Teresa de Jesus”
“Sendo
sempre meu desejo servir de instrumento do louvor do Senhor e para o aumento do
número dos que O serviam”. F 28, 15
“E, por quem sois,
Senhor, servi-vos de mim, pois bem sabeis que
não pretendo outra coisa que sejais louvado e engrandecido um pouco por
haverdes plantado um jardim de flores tão suaves num pântano tão sujo e
malcheiroso. Queira Sua Majestade que eu, pela minha culpe, não volte a
arrancá-las nem torne a ser o que era”. V 10, 9
Aludindo
ao Sl 88, 2 “Cantarei para sempre a misericórdia do Senhor”
“Suplico-Vos, Deus meu,
que assim seja e que eu as cante sem parar, já que Vos dignastes conceder-me
graças tão imensas que espantam os que as veem e que muitas vezes me
deixem fora de mim para que eu melhor Vos louve”. V 15, 11.
Terceiro
Grau da Oração
“As faculdades só tem
condições de ocupar-se em Deus; parece que nenhuma ousa mexer-se, (...) Vem
então, desordenadamente, muitas palavras
de louvor a Deus, que só o próprio Senhor as pode corrigir. (...) A alma fica desejosa de louvá-Lo em voz
alta, pois não cabe em si, estando num saboroso desassossego. (...) A alma
gostaria que todos a vissem e compreendessem a sua glória para dar graças a
Deus”. V16, 3.
Quarto
Grau da Oração
“Surgem as promessas e
determinações heróicas, (...) aborrecimento do mundo (...) tendo crescido em
humildade (...) A vaidade está tão longe dela (...) Estando sozinha com Ele,
que há de fazer senão amá-Lo? (...) ela (a alma) percebe que merece o inferno e
que é castigada com a glória; desfaz-se
em louvores a Deus, e quisera eu me desfazer agora”. V 17, 5
Arroubo
“É verdade que, em
geral, essas faculdades estão mergulhas
em louvores a Deus ou na busca da compreensão e do entendimento do que lhes
ocorreu”. V 20, 20
Efeitos
da Graça
“Assim, eu não queria
que houvesse limites no meu serviço a Sua Majestade, desejando empenhar nisso
toda a minha vida, todas as minhas forças e a minha saúde, para não perder, por
minhas culpas, nem um pouco de maior felicidade. Dessa maneira, digo: se me
perguntassem se quero ficar na terra até o fim do mundo com todos os
sofrimentos nela existentes e depois em elevar um pouco mais na glória, ou se
prefiro, sem nenhum padecimento, ir já gozar uma glória um pouco mais baixa, eu
com boa vontade tudo padeceria para fruir um pouco mais de compreensão da
grandeza de Deus, pois percebo que quem
mais O entende mais o ama e mais O louva”. V 37, 2
Sobre
o Livro da Vida
“Mas bendito trabalho,
se conseguir dizer algo que leve alguém,
ao menos uma vez, a louvar o Senhor”. V 40, 23
Relações
“porque me parece honra minha que Nosso Senhor seja
louvado, pouco me importando tudo o mais. Isso bem sabe Ele, ou eu estou muito
cega, já que nem honra, nem vida, nem glória, nem nenhum bem corporal ou da
alma podem me deter, nem penso ou desejo benefício para mim, mas sim a Sua
glória”. R 1, 25
Efeitos
do enlevo
“ela (a alma) se
esquece de si mesma para desejar que tão
grande Deus e Senhor seja conhecido e louvado”. R 5, 8
Locução
de Nossa Senhora
“Bem acertastes em
por-Me aqui; Eu estarei presente aos
louvores que derdes ao Meu Filho e os apresentarei a Ele”. R 25
Amor
perfeito
“Aquele a quem o Senhor
tiver dado essa graça deve louvá-Lo
muito, pois deve ter muita perfeição”. C 6, 1
Vida
Religiosa
“Disponhamo-nos a
seguir esse caminho se Deus por ele nos quiser levar; se não for esse o caso,
recorramos à humildade e tenhamo-nos por felizes em servir às servas do Senhor,
louvando-O porque, embora
merecêssemos ser escravas dos demônios do inferno, Sua Majestade nos permitiu
ficar entre elas”.
Oração
de quietude
“Na qual, segundo me
parece, o Senhor, como eu disse, começa a mostrar que ouviu a nossa súplica e a
nos dar o seu reino para que O louvemos
de verdade, santifiquemos-Lhe o nome e procuremos que o façam todos”. C 31,
1
Quartas
Moradas
“Essas almas (...) em
ocupar-se em atos de amor e de louvor a
Deus, alegrando-se com a Sua bondade e com o fato de Ele ser quem é”. M IV,
1, 6.
Quintas
Moradas
“Bem sabe o Senhor que
não é outro o meu desejo (...) senão que seja louvado o Senhor nome e
que nos esforcemos por servir a um Deus que nos recompensa com tanta
generosidade já aqui na terra”. M V, 4, 11
Sextas
Moradas
“porque o Senhor lhe
tem dado maior entendimento para ver que nenhuma coisa boa é sua, mas dada por
Sua Majestade; desse modo, põe-se a
louvar a Deus, sem se lembrar do que lhe diz respeito, como se fosse uma
graça dispensada a outra pessoa”. M VI, 1, 4.
“A alma gostaria de ter
mil vidas para empregá-las todas em Deus. Quisera que todas as coisas da terra fossem línguas para louvar
ao Senhor em seu nome”. M VI, 4, 15.
“ela (a alma) gostaria de introduzir-se no
mundo, a fim de contribuir para que ao menos uma alma louve mais a Deus”. M VI, 6, 3.
“Daria mil vidas, se
tantas tivesse, para uma única alma, por seu intermédio, Vos louvasse um pouquinho mais”. M VI, 6, 4.
Sétimas
Moradas
“Essas pessoas vivem em
grande desapego de tudo e com um grande desejo de estar sempre a sós, ou
ocupadas em algo que possa beneficiar alguma alma. Não as acompanham nem aridez
nem sofrimentos interiores, mas apenas a lembraça de Nosso Senhor, e tal
ternura para com Ele que desejariam
dedicar todo o tempo aos seus louvores”. M VII, 3, 8.
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