"Santidade e
missionariedade da Igreja são duas faces da mesma medalha", pois "só
na medida em que é santa, isto é, cheia do amor divino, é que a Igreja pode
cumprir a sua missão" (Papa Bento XVI)
Louvor de Deus e Missionariedade
Segundo o
Concílio Vaticano II o objetivo da missão é a evangelização (cf. Decreto Ad
Gentes, 6), pois, como o Filho foi enviado pelo Pai para anunciar e efetivar a
salvação, a Igreja no Espírito Santo é enviada a anunciar o Evangelho, é
essencial à Igreja evangelizar, pois advém do desejo de Deus de que todos os
homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (cf. I Tm 2, 4).
Quando Pe
Gilberto, nosso Pai e Fundador, trouxe à vida a Fraternidade Jesus Salvador,
com o carisma do Louvor de Deus, prenhe de uma espiritualidade advinda da
Renovação Carismática Católica, há uma ansiedade verdadeiramente missionária,
como nos traz São Paulo: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (I Cor 9, 16).
Quem realmente fez uma experiência do Espírito Santo, não consegue ver uma
realidade de morte e de perdição e ficar inerte, é impelido pelo mesmo Espírito
à evangelizar, o Espírito nos impulsiona a construir Igreja, tornando-a um
Corpo (cf I Cor 12).
Nessa
medida, quem vive realmente o carisma do Louvor de Deus, quer que cada ser
humano, alma e corpo unos, louve a Deus, por isso está totalmente ligado o
carisma com a missionariedade. E como diz a frase do Papa Bento acima, a
santidade está totalmente unida à missionariedade de Igreja, e repare como o
Papa relaciona, ser santo é viver a plenitude do amor de Deus, assim cumpriríamos
o mandado missionário de Cristo.
Pai › Filho › Espírito Santo › Igreja › amor pleno de Deus / santidade › Missionário
› evangelizar › Louvor de Deus.
E no nosso
carisma é viver uma verdadeira santidade, que é amor em plenitude, que torna
cada ato um louvor.
Por isso, ao
ouvir Jesus, queremos também pensar o que não é ser missionário no Louvor de
Deus, tudo o que brota de um egoísmo hipócrita, vai contra a missionariedade do
Louvor de Deus:
O misssionário que tem qualquer outra intenção
ao evangelizar, que não seja levar a pessoa ao amor de Deus não é um
missionário no Louvor de Deus, por exemplo, sendo mercenário, isto é,
evangelizar mirado não no bem das ovelhas como um bom pastor, mas mira no
dinheiro, em bens ou em relevância social, é mercenário e não pastor porque
visa pagamento (cf. Jo 10, 12). O pensamento de São Paulo deve nos guiar, na
medida em que ele, diz que não busca os bens, mas as pessoas mesmas: “Então
em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio
gratuitamente, sem usar do direito que esta pregação me confere. Embora livre
de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior
número possível” (1 Cor 9, 18-19).
Aquele que se diz missionário não pode agir por
si, mas pregar o que a Igreja Católica diz, pois de outro modo corre o risco de
pregar a si mesmo e não aquilo que é vontade do Cristo.
Missionário é aquele que sai de si, e pela vida
proclama a Cristo, dizendo como Paulo, “não sou eu quem vivo, é Cristo que vive
em mim” (Gl 2, 20), por isso qualquer pessoa que busca aparecer, somente o
show, o se mostrar, o evidenciar a própria pessoa, o clericarismo, o poder em
si, jamais pode ser chamado missionário, já recebeu sua recompensa na medida
que o desejo de tal pessoa não é levar os outros a Deus, mas evidenciar-se (cf.
Mt 6).
Enfim, que o
mais importante seja não somente fazer missão aqui ou ali, mas ser missão, ser
o rosto de Cristo para aqueles que estão longe de Deus, e que o louvor brote
onde quer que estejamos de tal modo que aquilo que rezamos na liturgia das
horas, neste segunda-feira da 5ª semana, nas Laudes se efetive naqueles que
amam o carisma do “Louvor de Deus”: “Vós, que fizestes passar todo o gênero humano da escravidão do
pecado para a gloriosa liberdade
de filhos de Deus, concedei
a vida eterna a todos os que encontrarmos neste dia”.
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